terça-feira, 29 de maio de 2012

ALEXANDRE PAIM, PRESIDENTE DO PSDB

Turismo e geração de emprego são as prioridades do PSDB
- Presidente do partido explica em entrevista sobre plataformas de gestão municipal as áreas que devem ser priorizadas pela sigla

Anderson Duarte e Joanna Medeiros

A partir de hoje, 29, aqui nas páginas de O DIÁRIO, os teresopolitanos começam a ter o primeiro contato com os políticos e os partidos que pretendem apresentar propostas e soluções para a administração municipal em outubro próximo. Como dissemos anteriormente ficou decidido em reunião com as siglas partidárias que além de pré-candidatos ao cargo de prefeito participarão alguns representantes de partidos como o nosso primeiro entrevistado de hoje, que fala como presidente de sua sigla.
Todos os entrevistados disporão de tempo e espaço em nossas publicações para expor ao eleitor de nossa cidade o que pretendem mudar ou realizar para que o município prospere administrativamente. Todos os trâmites legais e exigências determinadas em Lei foram cumpridos pela direção da empresa para que o princípio da isonomia seja respeitado em todo o processo.
Nosso primeiro entrevistado preside o PSDB em Teresópolis e escolheu falar de dois pontos dentre a lista de doze possíveis: Turismo e Emprego e Renda. Alexandre Paim tem 42 anos é formado em Gestão Publica e foi assessorado durante a gravação por João Pereira, membro do Diretório Municipal do PSDB.
Como presidente do partido, Alexandre começou explicando o motivo do mesmo não ter definido um nome para a majoritária, como outras siglas da cidade. Paim explicou a escolha do PSDB por não indicar um candidato a prefeito neste primeiro momento.
“O PSDB, este ano tinha a pretensão de lançar uma pré-candidatura, mas há muitas nuances que devem ser analisadas no decorrer do tempo, e por isso, cancelamos, momentaneamente, uma proposta de pré-candidatura, e resolvemos coligar com o PR”., explica. “Nossas convenções serão feitas junto com o PR e cremos que os candidatos preferem que seja assim, e para gente já existe essa aliança, vamos marcar para meados de junho as nossas convenções para que não deixemos tudo para a ultima hora na prestação de contas com o TRE”.
Como mostramos em edições anteriores, cada partido ou pré-candidato escolhem em uma lista de doze temas, dois que discorrerão durante a entrevista. Paim e o PSDB elencaram os temas: Turismo e Geração de Emprego e Renda.
No primeiro tema, ou seja, Turismo, o presidente do PSDB explicou os pontos de vista da legenda para uma administração pública exitosa. Segundo Paim, “As pessoas acham que a cidade perdeu o foco turístico, e durante muitos anos, Teresópolis teve essa vocação. Hoje temos poucas áreas de lazer, que agradem aos olhos do turismo, mas não podemos perder essa identidade, a cidade hoje tem pouca identidade, e dentro dos nossos programas queremos resgatar isso. Porque o turista vem, gasta e retorna para sua cidade, deixando aqui os investimentos. Por isso o partido quer incentivar os eventos fixos e que se tornem tradicionais, o chamado Turismo Receptivo. Hoje temos poucos locais como o PARNASO, a Villa St. Gallen, o que é muito pouco para quem quer viver do turismo”, disse.
Para Paim as propostas do partido são baseadas nessa premissa de recuperação dos pontos degradados e também na busca pela retomada da vocação para o turismo. “Queremos criar eventos bem organizados, fazendo eventos cada vez melhores. E para isso temos que fazer novas parcerias com outros municípios, adequando as nossas realidades. Estamos prestes a ter uma Copa do Mundo, temos que aproveitar isso, e preparar as pessoas que vão ter contato direto com o turista. Temos que investir em uma mídia que exponha Teresópolis para que a cidade desponte nesse cenário com tudo o que nos temos de melhor, e para isso também temos que capacitar as pessoas”, disse.
Segundo Paim, Teresópolis perdeu o seu espaço do turismo, mas precisa resgatar. “Eu acho que a cidade não esta preparada, mas tem competência para fazer. Temos muitas pessoas boas, que podem elaborar projetos, já que o teresopolitano é muito hospitaleiro, e o que falta para a gente é o preparo nas áreas especificas. O governo que vai administrar a cidade nos próximos anos tem que trabalhar neste sentido. Pelo menos o básico as pessoas precisam saber. O turista bem tratado volta e indica para outras pessoas. O partido preza e vai brigar por isso, por um foco de um turismo funcional. É um trabalho que tem que ser feito em conjunto, e para que isso aconteça todas as esferas precisam se envolver, especialmente a rede hoteleira e de gastronomia”, explica.
Segundo Paim existe também um falta de investimento nas áreas de turismo da cidade. “Esse é o caso da Colina dos Mirantes, da Feirinha de Teresópolis, do comercio local, que precisa investir nisso, o centro da cidade é feio, não tem padrão, para que as pessoas que cheguem vejam o que a cidade tem de melhor e voltem por isso”, finaliza.
Seu segundo tema escolhido foi a geração de Emprego e Renda. Segundo o presidente do PSDB a chamada ‘estagnação econômica em Teresópolis pode ser uma ilusão ou até mesmo uma forma equivocada de entender o contexto da cidade. “É mesmo muito interessante falar de estagnação econômica, pois os índices da Firjan, por exemplo, mostram um desenvolvimento maior aqui em nossa cidade do que Petrópolis e Nova Friburgo. São cerca de 30 mil empregos, em comercio varejistas e na construção civil. A cidade tem potenciais a serem explorados, e o que mais nos incomoda é a questão da não capacitação das pessoas”, disse Paim.
Segundo ele, os investimentos maiores devem ser focados em formação. “Não adianta trazer indústria se não temos mão de obra capacitada. Isso não resolve o problema da cidade. Teresópolis tem que ter capacitação técnica que atraia as indústrias, para que estas produzam para exportação, como é o caso de Nova Friburgo. Muito se fala de trazer indústrias, mas isso tem que ser expandido. Não podemos pensar só em Teresópolis, temos que pensar ainda na fortificação da região. O grande problema do empregador, é que ele precisa pagar mais para um funcionário que tem qualificação. Quando tem mais gente no mercado, a competitividade aumenta o que faz com que o funcionário trabalhe mais e melhor”, explica.
Questionado sobre o fato do cidadão que se forma e se capacita não encontrar espaço em nossa cidade para atuar profissionalmente, Paim disse acreditar, a partir das premissas do partido que o trabalho conjunto pode ser a solução para o dilema. “É por isso que consideramos muito importante o trabalho conjunto. Não adianta formar um profissional em uma área que não podemos acolher. Tem que ser vistas as necessidades do município, para que a capacitação possa ser feita. E é justamente isso que falta. Não adianta colocar diversos cursos se a cidade não tem como absorver. As pessoas não querem sair daqui, mas elas acabam saindo porque não tem trabalho no que elas se formaram”, finaliza.
Alexandre Paim também falou da área de atuação em formação de material humano e geração de emprego que o PSDB vislumbra para Teresópolis. “A indústria da confecção absorve muitos trabalhadores, o que deu muito certo em municípios vizinhos, justamente porque você acaba movimentando toda a economia local. A gente pretende dar crescimento nessa área. Tivemos uma pesquisa que mostra que as pessoas que tem nível técnico já tem maior chance de emprego, porque tem mais experiência de trabalho, e é o que faz falta para muita gente. O que agrega conhecimento e emprego.”

Paim também falou do atual cenário politico da cidade, que segundo ele é delicado, mas não tão desastroso como dizem. “Desde antes mesmo da tragédia de 12 de janeiro, Teresópolis já sofria muito. Mas hoje vivemos crises sociais, políticas e econômicas. Eu vejo que o povo tem uma responsabilidade muito grande nas próximas eleições. É de suma importância que as pessoas tenham a noção de que o legislativo e o executivo estejam juntos, e que cumpram seus papeis na íntegra, e ai a coisa funciona. Essa visão de totalidade está um pouco perdida e é preciso ter pulso forte, visão e vontade. Nós acreditamos muito na capacidade da cidade  de se recuperar, acreditamos que tudo o que aconteceu pode transformar a consciência das pessoas, para que tratemos das propostas para os próximos 20 anos, sempre pensando na sustentabilidade”, explicou.
Sobre a desesperança na classe politica Alexandre foi categórico em afirmar que é preciso superar. “Eu acredito que a população tem aprendido como votar e a buscar as propostas dos candidatos. Eu entendo a politica como uma empresa. Se o empregado não deu certo, eu demito e contrato outro. Na politica é desse jeito. Nos ainda temos pessoas boas com trabalho sério e que tem o que oferecer para a cidade”, finalizou.
Todo o processo de idealização da série de entrevistas, bem como o prosseguimento do mesmo que ainda prevê a realização de outra série com já candidatos e dois debates entre os mesmos, foi construído coletivamente entre o Grupo Serra Comunicações, que administra o jornal e a emissora de TV, a OAB em Teresópolis e especialistas em ciência política, que participaram da construção dos questionamentos e temas a serem debatidos nos próximos dias. Todo o material produzido nas reuniões, bem como as regras e normas, foram devidamente comunicados a Justiça Eleitoral em nosso município, que também deve enviar representantes em todas as gravações.

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